Apesar da redução do número de óbitos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) recomenda às secretarias municipais manter a rede atenta para o diagnóstico precoce da doença e o manejo correto para que as mortes sejam evitadas. “É importante o olhar de vigilância de todos os profissionais da assistência para que seja identificada a suspeita da doença e iniciado o tratamento adequado”, alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.
Em 2014, foram notificados 7.366 casos suspeitos de dengue na Paraíba. Destes, 1.831 foram descartados e 3.442 confirmados por dengue. Dentre os casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Dengue online, foram identificados 201 casos da doença com sinais de alarme, sendo 92 já confirmados e 12 como dengue grave, sendo dez confirmados. Os demais (1.880) seguem em investigação, aguardando o encerramento por parte das secretarias municipais de saúde.
Em relação ao número de notificações de 2014 e 2013, no mesmo período, foram 18.078 notificações, o que corresponde a uma redução de 59,26%. Levando em consideração o cenário nacional, a Paraíba encontra-se em conformidade, visto que, o número de casos registrados de dengue no Brasil caiu 61% entre janeiro e 15 de novembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013.
Dos 223 municípios paraibanos, 197 registraram a ocorrência de casos no sistema. Os outros 26 não fizeram nenhuma notificação durante todo o ano de 2014. “É importante evidenciar que sinalizar a possibilidade de casos suspeitos é uma forma de manter todas as equipes de vigilância e assistência atentas para o agravo, o que contribui para desencadear as demais ações de vigilância epidemiológica e ambiental necessárias para o controle da doença em seu território”, disse a técnica responsável pela dengue, da SES, Izabel Sarmento.
Febre chikungunya – Referente à febre chikungunya, a Paraíba notificou, em 2014, oito casos suspeitos: um em Bom Jesus, um em Cajazeiras, um em Campina Grande, um em Esperança e quatro em João Pessoa. Destes, cinco foram descartados e três estão em investigação.
A SES alerta que todo caso suspeito de chikungunya é de notificação compulsória imediata e deve ser informado em até 24 horas às esferas municipal, estadual e federal.
Para a notificação, os contatos da Secretaria de Estado da Saúde são: 0800-281-0023/ 3218-7331/ 8828-2522.
Vigilância Ambiental – Para o controle vetorial, a Gerência de Vigilância Ambiental ressalta que todos os municípios deverão realizar, anualmente, quatro ciclos de Levantamento de Infestação Predial (LIRAa e LIA), com periodicidade trimestral (janeiro, março, julho e outubro). Os resultados do LIRAa e LIA são de fundamental importância para o planejamento das ações de combate da dengue e da febre chikungunya.
Ações estratégicas nas férias e no verão – Tem sido observado um padrão sazonal de incidência coincidente com o verão, devido à ocorrência esporádica de chuvas e aumento da temperatura nessa estação. É mais comum nos núcleos urbanos, onde é maior a quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do ser humano. Entretanto, a doença pode ocorrer em qualquer localidade, desde que exista população humana susceptível e a presença do vetor.
A limpeza e verificação das áreas domiciliares, com a retirada de possíveis criadouros, deve ser atividade prioritária nas ações de controle da doença.
DIA D+1 – A Secretaria de Estado Saúde recomenda a todos os municípios que realizem ações do Dia D+1, proposta pelo Ministério da Saúde, para a intensificação da mobilização social, que acontecerá no dia 7 de fevereiro de 2015. Recomenda-se uma intensa mobilização da população, além de mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais do Estado para o diagnóstico correto das doenças, identificação dos principais criadouros e orientação sobre as ações de prevenção e controle de dengue e chikungunya.
Com Secom
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