A TV Record realizou neste domingo (28), na sede da emissora em São Paulo (SP), o debate com os candidatos à Presidência da República. O programa começou às 22h30 e foi transmitido ao ao vivo pelo R7 e linkado ao Portal Correio
Participaram Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Everaldo Pereira (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Ataques marcam o primeiro bloco
A uma semana das eleições, o debate entre os presidenciáveis começou com ataques incisivos entre os candidatos logo no primeiro bloco, quando foram realizadas perguntas diretas entre eles com direito a réplica e tréplica.
Logo no início do debate, Marina Silva respondeu da seguinte forma uma pergunta de Dilma a respeito da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira): ‘Mudei de partido para não mudar de princípios’.
Enquanto o candidato Pastor Everaldo (PSC) criticou o "sucateamento" das Forças Armadas, Eduardo Jorge (PV) relacionou o programa Mais Médicos a práticas de escravidão e semi escravidão.
O candidato do PV, por sinal, afirmou que a candidata Luciana Genro faltou nas aulas de História no século 20. Genro rebateu afirmando que o adversário não frequentou as aulas de Sociologia.
A candidata e atual presidente Dilma Rousseff (PT) pediu três vezes o direito de resposta – apenas o terceiro foi concedido— para rebater críticas relacionadas aos escândalos de corrupção, segurança nacional e questão energética.
Aécio e Levy defendem temas polêmicos
O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) defendeu, durante debate realizado pela TV Record e transmitido pelo R7, a redução da maioridade penal.
Durante resposta à presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), Aécio disse que vai reduzir a maioridade penal para diminuir a criminalidade no País.
— Eu defendo, no caso de crimes graves, os chamados crimes hediondos, que o maior de 16 anos possa ser processado pelo juiz com base no código penal.
O candidato tucano disse que isso seria importante “para reduzirmos essa sensação de impunidade”.
Já o candidato Levy Fidelix (PRTB) foi questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre os direitos da classe LGBT e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O candidato disse que “como um pai, um avô, que tem vergonha na cara, instrui seu filho, o seu neto”. Visivelmente exaltado, Levy afirmou que prefere perder votos a defender o casamento igualitário.
— Tenho 62 anos e, pelo o que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. Como é que pode um pai de família ficar escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos.
O candidato do PRTB falou para “acabar com essa historinha” de casamento entre pessoas do mesmo sexo e disse que “lamenta muito”.
— Que faça um bom proveito, se quiserem continuar como estão, mas eu, como presidente da República, não vou estimular.
Marina defende origem da sua equipe
A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) explicou que não existe uma relação direta entre pessoas ricas e a defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros. Marina voltou a afirmar que vai manter os programas sociais do governo, o que deu munição ao candidato Aécio Neves (PSDB) que disse "ver com estranheza" as suspeitas
Questionada sobre as condições financeiras da sua equipe econômica, que inclui Neca Setúbal, herdeira do Grupo Itaú, Marina Silva — que diz ter passado dificuldades na infância pobre — avisou que "essa história de que para defender os interesses dos trabalhadores, das pessoas mais humildes, tem que pertencer à mesma condição, isso não é verdade".
— Conheço pessoas que nasceram em berço de ouro e tem compromisso com a justiça social. Não temos essa visão mesquinha de que apenas aqueles se intitulam da esquerda ou que tiveram que passar por situações difíceis como a que eu tive que passar, a história se faz com homens e mulheres de bem. Pessoas boas existem em todos os lugares, em todas as classes.
Ao comentar a resposta de Marina Silva, o candidato do PSDB também afirmou que manterá os programas sociais aperfeiçoados nos últimos governos do PT "porque grande parte deles foi iniciada no nosso governo [do PSDB] e vou aprimorá-los".
Aécio aproveitou o desabafo de Marina Silva, que vem sendo alvo de ataques da oposição sobre o fim dos programas sociais, e disse ver "com certa estranheza a candidata Marina se queixar das ofensas, das calúnias, dos boatos de que os candidatos de oposição vão acabar com esses programas".
— Esses boatos sempre existiram contra nós quando a senhora estava no PT. Não me lembro de nenhuma palavra da senhora contra esse tipo de política que o PT continua praticando.
Combate à violência marca o 2º bloco
A presidente Dilma Rousseff defendeu a integração entre governos estaduais e federal para o combate a violência.
Em resposta sobre o tema à pergunta da repórter especial do Jornal da Record, Christina Lemos, a petista afirmou que pretende “mudar as regras jurídicas” para concretizar essa integração.
— Eu pretendo garantir que o governo federal entre no combate à violência. Além disso, vou criar centros de comandos de controle em todos os Estados. Só assim combateremos o crime organizado.
Após ser criticada pela candidata Marina Silva (PSB) sobre o tema, Dilma aproveitou para responder às criticas sobre corrupção que sofrera no bloco anterior.
— Em toda a minha vida, eu tive tolerância zero contra a corrupção. Sou a única candidata que criou cinco propostas para combater a impunidade.
Em seguida, o candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou que vem crescendo em todas as regiões do País, segundo as últimas pesquisas, ao ser questionado pelo repórter especial do Jornal da Record, Eduardo Ribeiro, sobre se o seu partido não estaria atendendo às expectativas do eleitor.
— Nós temos um projeto para o Brasil, estamos prontos para uma revolução neste País, com ética e competência. Estaremos no segundo turno, não sei com quem.
Escolhida para comentar a resposta do adversário, Dilma afirmou que o “povo lembra que governo PSDB quebrou o Brasil três vezes e provocou a maior taxa de juros da história do Brasil”.
Dilma usa direito de resposta
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) usou direito de resposta durante o debate para falar sobre os escândalos de corrupção que aconteceram na Petrobras.
— Uma coisa tem de ficar clara: quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes.
Paulo Roberto Costa foi ex-diretor da estatal e denunciou crimes de corrupção que aconteceram dentro da Petrobras.
O caso foi citado por três dos sete candidatos que participam do debate, Aécio Neves (PSDB), Everaldo Pereira (PSC) e Levy Fidelix (PRTB). Depois de pedir direito de resposta, Dilma disse que foi “a única candidata que apresentou propostas concretas de combate à corrupção, principalmente a impunidade”.
A candidata à reeleição disse que tem como proposta “criar o crime de caixa dois, crime eleitoral”.
O candidato tucano foi o primeiro a lembrar de escândalo de corrupção, quando questionado pela candidata petista. Dilma pediu que Aécio firmasse um compromisso de nunca colocar a privatização da Petrobras no radar das privatizações. O candidato do PSDB respondeu que iria “reestatizar” a empresa.
— Eu vou tirá-la das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar.
Aécio falou que “as denúncias não cessam” e questionou a presidente falando que não vê nela um sentimento “de indignação”.
— Eu não vejo em nenhum momento a senhora dizendo “não é possível que fizeram isso nas minhas barbas”.
Everaldo Pereira e Levy Fidelix falaram sobre o assunto durante pergunta do candidato do PSC para o candidato do PRTB.
Everaldo perguntou para Levy se ele achava que Dilma não tinha “a menor ideia do que acontecia em outros setores” do governo. O candidato do PRTB disse que sim e afirmou que a petista não sabia o valor do orçamento.
— Nos preocupa muito essa questão dos escândalos que sucessivamente têm acontecido em nossa nação.
'Governar requer firmeza', diz Dilma
Em confronto direto, Dilma questionou a mudança de partido político e a posição de Marina quando ela era senadora quanto à cobrança da CPMF. Dilma avisou que “governar o Brasil requer firmeza”.
— Eu não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Nessas quatro vezes, a senhora votou não. Isso consta nos anais do Senado. Atitudes como essa produzem insegurança. Governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitudes certeiras. Não dá para improvisar.
Questionada, Marina disse que mudou de partido “para não mudar de ideias e de princípios”. Em relação à CPMF, disse que “é um processo que começou em 1993 com várias etapas, no momento em que foi a votação do fundo de combate à pobreza, que foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarros”.
— Naquela oportunidade, tanto na comissão como no plenário, votei favorável sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT que, à época, diziam que eu estava favorecendo um senador de direita. Eu tenho total coerência das posições que defendo. É por isso que não faço oposição por oposição.
A ex-senadora e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, também se confrontaram. Marina questionou o tucano sobre a matriz energética brasileira, predominantemente concentrada na hidroeletricidade. Aécio disse que “há uma necessidade urgente de diversificarmos essa matriz energética”.
— Infelizmente, nesse último período de governo não houve planejamento. Se, por um lado, alguns investimentos ocorreram em parques eólicos, sobretudo no Nordeste, não houve a capacidade de planejar investimentos em linhas de transmissão que ligariam essa energia gerada ao sistema.
Aécio aproveitou para alfinetar a política do governo federal e da Petrobras para o etanol, a qual ele classificou como “outro equívoco gravíssimo”.
— Talvez a mais importante fronteira tecnológica de conhecimento que o brasil atravessou. Apenas o que poderia ser gerado a partir do bagaço, a biomassa, no estado de são Paulo poderia ser uma Belo Monte do ponto de vista da geração.
Marina Silva pegou carona na resposta do tucano e criticou “o que precisa acabar é com o improviso e ter planejamento”.
— Nos dois governos tivemos sim o caso de improviso. Infelizmente, o Brasil que tem o maior potencial de geração de energia limpa, renovável e segura, do vento, do sol, da biomassa, não faz o seu dever de casa. Temos a proposta de trabalhar para que o Brasil tenha uma matriz energética limpa e diversificada de eletricidade.
Fim
As candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) apelaram para a “experiência” e a “mudança”para conquistar os votos dos brasileiros durante o debate da TV Record, transmitido pelo R7. Aécio Neves (PSDB) disse que se preparou para governar o País porque “governo que está aí perdeu as condições de governar”.
Regras
A apresentação do debate ficou por conta dos jornalistas Adriana Araújo e Celso Freitas, âncoras do Jornal da Record. Perguntas aos candidatos foram feitas pelos jornalistas Eduardo Ribeiro, da TV Record; Heródoto Barbeiro, da Record News e blogueiro do R7; Christina Lemos, da TV Record e blogueira do R7; e Nirlando Beirão, da Record News e blogueiro do R7.
Confronto direto
O debate da TV Record, com transmissão do R7, privilegiou o confronto direto entre os presidenciáveis.
No primeiro bloco, candidatos fizeram perguntas entre si. As questões foram formuladas em até 30 segundos, e as respostas feitas em até 1 minuto e 30 segundos. Foram reservados mais 30 segundos para réplicas e tréplicas.
O candidato que se sentir ofendido teve direito de resposta, pedido sempre analisado pela organização do debate.
Houve duas rodadas de confrontos diretos no primeiro bloco. Todos os candidatos perguntaram e responderam uma única vez. O primeiro candidato a perguntar era o último a responder. Não podiam ser feitas novas questões a candidato que já tiveram respondido.
Por R7
Participaram Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Everaldo Pereira (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Ataques marcam o primeiro bloco
A uma semana das eleições, o debate entre os presidenciáveis começou com ataques incisivos entre os candidatos logo no primeiro bloco, quando foram realizadas perguntas diretas entre eles com direito a réplica e tréplica.
Logo no início do debate, Marina Silva respondeu da seguinte forma uma pergunta de Dilma a respeito da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira): ‘Mudei de partido para não mudar de princípios’.
Enquanto o candidato Pastor Everaldo (PSC) criticou o "sucateamento" das Forças Armadas, Eduardo Jorge (PV) relacionou o programa Mais Médicos a práticas de escravidão e semi escravidão.
O candidato do PV, por sinal, afirmou que a candidata Luciana Genro faltou nas aulas de História no século 20. Genro rebateu afirmando que o adversário não frequentou as aulas de Sociologia.
A candidata e atual presidente Dilma Rousseff (PT) pediu três vezes o direito de resposta – apenas o terceiro foi concedido— para rebater críticas relacionadas aos escândalos de corrupção, segurança nacional e questão energética.
Aécio e Levy defendem temas polêmicos
O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) defendeu, durante debate realizado pela TV Record e transmitido pelo R7, a redução da maioridade penal.
Durante resposta à presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), Aécio disse que vai reduzir a maioridade penal para diminuir a criminalidade no País.
— Eu defendo, no caso de crimes graves, os chamados crimes hediondos, que o maior de 16 anos possa ser processado pelo juiz com base no código penal.
O candidato tucano disse que isso seria importante “para reduzirmos essa sensação de impunidade”.
Já o candidato Levy Fidelix (PRTB) foi questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre os direitos da classe LGBT e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O candidato disse que “como um pai, um avô, que tem vergonha na cara, instrui seu filho, o seu neto”. Visivelmente exaltado, Levy afirmou que prefere perder votos a defender o casamento igualitário.
— Tenho 62 anos e, pelo o que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. Como é que pode um pai de família ficar escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos.
O candidato do PRTB falou para “acabar com essa historinha” de casamento entre pessoas do mesmo sexo e disse que “lamenta muito”.
— Que faça um bom proveito, se quiserem continuar como estão, mas eu, como presidente da República, não vou estimular.
Marina defende origem da sua equipe
A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) explicou que não existe uma relação direta entre pessoas ricas e a defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros. Marina voltou a afirmar que vai manter os programas sociais do governo, o que deu munição ao candidato Aécio Neves (PSDB) que disse "ver com estranheza" as suspeitas
Questionada sobre as condições financeiras da sua equipe econômica, que inclui Neca Setúbal, herdeira do Grupo Itaú, Marina Silva — que diz ter passado dificuldades na infância pobre — avisou que "essa história de que para defender os interesses dos trabalhadores, das pessoas mais humildes, tem que pertencer à mesma condição, isso não é verdade".
— Conheço pessoas que nasceram em berço de ouro e tem compromisso com a justiça social. Não temos essa visão mesquinha de que apenas aqueles se intitulam da esquerda ou que tiveram que passar por situações difíceis como a que eu tive que passar, a história se faz com homens e mulheres de bem. Pessoas boas existem em todos os lugares, em todas as classes.
Ao comentar a resposta de Marina Silva, o candidato do PSDB também afirmou que manterá os programas sociais aperfeiçoados nos últimos governos do PT "porque grande parte deles foi iniciada no nosso governo [do PSDB] e vou aprimorá-los".
Aécio aproveitou o desabafo de Marina Silva, que vem sendo alvo de ataques da oposição sobre o fim dos programas sociais, e disse ver "com certa estranheza a candidata Marina se queixar das ofensas, das calúnias, dos boatos de que os candidatos de oposição vão acabar com esses programas".
— Esses boatos sempre existiram contra nós quando a senhora estava no PT. Não me lembro de nenhuma palavra da senhora contra esse tipo de política que o PT continua praticando.
Combate à violência marca o 2º bloco
A presidente Dilma Rousseff defendeu a integração entre governos estaduais e federal para o combate a violência.
Em resposta sobre o tema à pergunta da repórter especial do Jornal da Record, Christina Lemos, a petista afirmou que pretende “mudar as regras jurídicas” para concretizar essa integração.
— Eu pretendo garantir que o governo federal entre no combate à violência. Além disso, vou criar centros de comandos de controle em todos os Estados. Só assim combateremos o crime organizado.
Após ser criticada pela candidata Marina Silva (PSB) sobre o tema, Dilma aproveitou para responder às criticas sobre corrupção que sofrera no bloco anterior.
— Em toda a minha vida, eu tive tolerância zero contra a corrupção. Sou a única candidata que criou cinco propostas para combater a impunidade.
Em seguida, o candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou que vem crescendo em todas as regiões do País, segundo as últimas pesquisas, ao ser questionado pelo repórter especial do Jornal da Record, Eduardo Ribeiro, sobre se o seu partido não estaria atendendo às expectativas do eleitor.
— Nós temos um projeto para o Brasil, estamos prontos para uma revolução neste País, com ética e competência. Estaremos no segundo turno, não sei com quem.
Escolhida para comentar a resposta do adversário, Dilma afirmou que o “povo lembra que governo PSDB quebrou o Brasil três vezes e provocou a maior taxa de juros da história do Brasil”.
Dilma usa direito de resposta
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) usou direito de resposta durante o debate para falar sobre os escândalos de corrupção que aconteceram na Petrobras.
— Uma coisa tem de ficar clara: quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes.
Paulo Roberto Costa foi ex-diretor da estatal e denunciou crimes de corrupção que aconteceram dentro da Petrobras.
O caso foi citado por três dos sete candidatos que participam do debate, Aécio Neves (PSDB), Everaldo Pereira (PSC) e Levy Fidelix (PRTB). Depois de pedir direito de resposta, Dilma disse que foi “a única candidata que apresentou propostas concretas de combate à corrupção, principalmente a impunidade”.
A candidata à reeleição disse que tem como proposta “criar o crime de caixa dois, crime eleitoral”.
O candidato tucano foi o primeiro a lembrar de escândalo de corrupção, quando questionado pela candidata petista. Dilma pediu que Aécio firmasse um compromisso de nunca colocar a privatização da Petrobras no radar das privatizações. O candidato do PSDB respondeu que iria “reestatizar” a empresa.
— Eu vou tirá-la das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar.
Aécio falou que “as denúncias não cessam” e questionou a presidente falando que não vê nela um sentimento “de indignação”.
— Eu não vejo em nenhum momento a senhora dizendo “não é possível que fizeram isso nas minhas barbas”.
Everaldo Pereira e Levy Fidelix falaram sobre o assunto durante pergunta do candidato do PSC para o candidato do PRTB.
Everaldo perguntou para Levy se ele achava que Dilma não tinha “a menor ideia do que acontecia em outros setores” do governo. O candidato do PRTB disse que sim e afirmou que a petista não sabia o valor do orçamento.
— Nos preocupa muito essa questão dos escândalos que sucessivamente têm acontecido em nossa nação.
'Governar requer firmeza', diz Dilma
Em confronto direto, Dilma questionou a mudança de partido político e a posição de Marina quando ela era senadora quanto à cobrança da CPMF. Dilma avisou que “governar o Brasil requer firmeza”.
— Eu não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Nessas quatro vezes, a senhora votou não. Isso consta nos anais do Senado. Atitudes como essa produzem insegurança. Governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitudes certeiras. Não dá para improvisar.
Questionada, Marina disse que mudou de partido “para não mudar de ideias e de princípios”. Em relação à CPMF, disse que “é um processo que começou em 1993 com várias etapas, no momento em que foi a votação do fundo de combate à pobreza, que foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarros”.
— Naquela oportunidade, tanto na comissão como no plenário, votei favorável sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT que, à época, diziam que eu estava favorecendo um senador de direita. Eu tenho total coerência das posições que defendo. É por isso que não faço oposição por oposição.
A ex-senadora e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, também se confrontaram. Marina questionou o tucano sobre a matriz energética brasileira, predominantemente concentrada na hidroeletricidade. Aécio disse que “há uma necessidade urgente de diversificarmos essa matriz energética”.
— Infelizmente, nesse último período de governo não houve planejamento. Se, por um lado, alguns investimentos ocorreram em parques eólicos, sobretudo no Nordeste, não houve a capacidade de planejar investimentos em linhas de transmissão que ligariam essa energia gerada ao sistema.
Aécio aproveitou para alfinetar a política do governo federal e da Petrobras para o etanol, a qual ele classificou como “outro equívoco gravíssimo”.
— Talvez a mais importante fronteira tecnológica de conhecimento que o brasil atravessou. Apenas o que poderia ser gerado a partir do bagaço, a biomassa, no estado de são Paulo poderia ser uma Belo Monte do ponto de vista da geração.
Marina Silva pegou carona na resposta do tucano e criticou “o que precisa acabar é com o improviso e ter planejamento”.
— Nos dois governos tivemos sim o caso de improviso. Infelizmente, o Brasil que tem o maior potencial de geração de energia limpa, renovável e segura, do vento, do sol, da biomassa, não faz o seu dever de casa. Temos a proposta de trabalhar para que o Brasil tenha uma matriz energética limpa e diversificada de eletricidade.
Fim
As candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) apelaram para a “experiência” e a “mudança”para conquistar os votos dos brasileiros durante o debate da TV Record, transmitido pelo R7. Aécio Neves (PSDB) disse que se preparou para governar o País porque “governo que está aí perdeu as condições de governar”.
Regras
A apresentação do debate ficou por conta dos jornalistas Adriana Araújo e Celso Freitas, âncoras do Jornal da Record. Perguntas aos candidatos foram feitas pelos jornalistas Eduardo Ribeiro, da TV Record; Heródoto Barbeiro, da Record News e blogueiro do R7; Christina Lemos, da TV Record e blogueira do R7; e Nirlando Beirão, da Record News e blogueiro do R7.
Confronto direto
O debate da TV Record, com transmissão do R7, privilegiou o confronto direto entre os presidenciáveis.
No primeiro bloco, candidatos fizeram perguntas entre si. As questões foram formuladas em até 30 segundos, e as respostas feitas em até 1 minuto e 30 segundos. Foram reservados mais 30 segundos para réplicas e tréplicas.
O candidato que se sentir ofendido teve direito de resposta, pedido sempre analisado pela organização do debate.
Houve duas rodadas de confrontos diretos no primeiro bloco. Todos os candidatos perguntaram e responderam uma única vez. O primeiro candidato a perguntar era o último a responder. Não podiam ser feitas novas questões a candidato que já tiveram respondido.
Por R7
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